Artroplastia de Tornozelo

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Embora a frequência da artrose primária do tornozelo não seja preocupante em nosso meio, suas formas pós-traumáticas e inflamatórias apresentam incidências crescentes aqui e em todo o mundo. A artrodese do tornozelo, considerada como o padrão-ouro no tratamento da artrose de qualquer etiologia, vem sendo questionada, especialmente quando nos deparamos, cada vez mais frequentemente, com acometimentos bilaterais e em indivíduos jovens. Trabalhamos sempre com o espectro da sobrecarga das articulações vizinhas e das sequelas que delas decorrem, com consequente deterioração da qualidade funcional do paciente. 

Apesar das elevadas taxas de insucesso vividas com as primeiras gerações de próteses totais do tornozelo, vários grupos seguiram pesquisando e hoje dispomos de diferentes implantes, cujos refinamentos se aproximam das exigências anatômicas e funcionais dessa articulação. 

A análise da literatura aponta como principal avanço o conceito de “apoio móvel”, em que os componentes protéticos se relacionam com vários graus de liberdade, sem que haja constrição da articulação. As próteses de terceira geração, dotadas de três elementos, componente tibial, componente talar e componente intermediário são as mais bem sucedidas até o presente momento. 

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